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PLAYMOBLOG

Estas pequenas figuras foram os heróis da minha infância. Os clicks valeram-me horas de brincadeiras partilhadas com os amigos lá da rua. Estiveram vários anos encaixotados. Hoje são um legado para a minha filha.

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Estas pequenas figuras foram os heróis da minha infância. Os clicks valeram-me horas de brincadeiras partilhadas com os amigos lá da rua. Estiveram vários anos encaixotados. Hoje são um legado para a minha filha.

Fado

 

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Calou-se o meu coração

Ferido de saudade

Memórias que doem

Um fogo que se apagou, na verdade

 

Fica comigo gritam meus olhos

Mas soltas amarras e partes de mim

Leva-te para longe o vento

E a chuva invade-me assim

 

De mansinho chega a noite

Meu corpo pede que embarques no meu

Que me embales em ti

A contemplar a lua que nasceu

 

Mão estendida

Rosto ferido

Abraço vazio

Sorriso perdido

 

Calou-se o meu coração

Ferido de saudade

Memórias que doem

Um fogo que se apagou, na verdade

 

Karine e a floresta | Karine and the forest

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A casa de Karine fica mesmo na orla da velha floresta. É a última casa da aldeia, onde ainda habita alguém e parece que a qualquer momento vai ser engolida pelos ramos dos abetos frondosos ou submersa pela erva que desponta com vigor após cada chuvada primaveril.

Desde pequenita que Karine brinca por ali, embrenhando-se cada vez mais profundamente na floresta à medida que foi crescendo. Karine sabe dizer pelo som que o vento faz nos ramos das grande árvores se virá chuva da grossa, ou apenas alguns salpicos. O canto dos pássaros avisa-a quando chegará o calor ou o frio, consoante a estação do ano. Karine consegue sentir o fim do Inverno pela vibração que sente através dos pés descalços, quando toda a floresta se espreguiça, desperta e retoma a vida para receber a Primavera.

A floresta não tem trilhos definidos. Karine dispensa-os, pois reconhece cada árvore, sabe onde estão os esconderijos dos ursos que ali vivem e as tocas de quase todas as raposas. Sabe a posição de cada rochedo e onde correm os regatos mais bonitos.

A floresta reconhece-a quando Karine por lá passeia cantarolando baixinho, fazendo-lhe cócegas com aqueles pés descalços saltitando por aqui e por ali. A floresta deixa-se assim percorrer e que Karine desvende os seus segredos. Como naquele dia em que a pequena adormeceu exausta num recanto abrigado e acordou com o nariz molhado de um unicórnio na face, avisando-a que em breve trovejaria e que seria melhor ela voltar para casa.

 

Karine´s house is right on the edge of the old forest. It is the last house of the village and it seems that it will be taken for the forest at any time now, as the forest grows more and more after the rains.

Since a little girl, Karine plays around and as she was getting bigger, she went in the forest, deeper and deeper. Karine knows by the sound of the wind in the branches, if it will rain hard or not. The birds songs, let her know if it will be hot or cold. She can feel the end of the winter under her bare feet as the forest awakens and get's back to life for the Spring. The forest have not paths. Karine knows every tree, she knows about the foxes dens and where are the most beautiful water streams.

The forest knows Karine, when she stroll around, singing softly. The forest let's Karine walk by, and know it's secrets, as that day, when she fell asleep leaning over the strong roots of an old tree. The forest sent an unicorn to wake her up, as a storm was aproaching, and it was time to Karine take some shelter at home.

São Valentim what else?

 

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Perguntaram-me um dia destes se acreditava no amor. Respondi sem hesitar que sim. Mas depois tive que pensar. Porque sei que há histórias de amor que não têm finais felizes e que nem todas as pessoas são felizes. Tive que me questionar se estes factos me faziam deixar de acreditar...

A mim o Cupido sempre me pareceu meio tonto e um tanto ou quanto demente para acertar como deve de ser com aquelas pequenas flechas (pequenas demais para serem levadas a sério, na minha opinião) e tornar corações saturados de rotinas e de quotidianos difíceis, em corações apaixonados. Tanta lamechice só lhe pode toldar a visão e por isso, começo a achar, que falta a pontaria ao pequeno ser, não tão poucas vezes quanto isso.

E as histórias de amor ficam assim, incompletas. Os supostos apaixonados ficam meio abananados, sem saber o que fazer, trocando a espada com que deveriam lutar pela sua dama, por incertezas. Elas, as supostas apaixonadas ficam consumidas pelas dúvidas e sem forças para lutar com as incertezas alheias. Ambos com o coração atingido por aquelas pequenas setas, cujas feridas ali permanecem, mas incapazes de viver o amor.

Algumas vezes porém o rapazito das asas lá acerta e há quem viva verdadeiros contos de fadas. Felizardos esses! Conheço poucos, mas os suficientes para acreditar no amor. Passei foi a ter a certeza de que o amor não é para todos.

- Mariiia, ó Mariiiiaaaa! Onde é que o raça da mulher se enfiou? Já está a falar sozinha... Parvoíces por certo!! As cabras precisam de ser ordenhadas, o pão está por fazer e o meu almoço nem vê-lo!! Ela que ve venha cá falar que temos que tornar a nossa vida especial que eu perco as estribeiras! Oh lá se perco!

Marinheiros | Sailors

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Pela mão do avô pisaram pela primeira vez descalços as pedras húmidas do cais. Foi a voz ríspida do avô que os ensinou a caçar as velas e a ter atenção à retranca sempre que a embarcação mudava de direção. Foi a paixão do avô pelo mar que se infiltrou em cada pedaço do seu corpo e os fez dizer desde pequeninos, que queriam ser marinheiros. Foi o olhar apaixonado do avô que lhes mostrou a beleza do mar, fosse dia de sol ou de temporal. Em bebés, muitas foram as noites em que só o avô os conseguia adormecer quando enroscados uns nos outros, no fundo do barco, eram embalados pelas ondas do mar. 

Hoje terminaram o seu curso na Escola Naval, ambos com a melhor nota da sua turma. Hoje são marinheiros e estão prestes a viver a sua vida como sempre quiseram: a balouçar nas ondas do mar.

 

By their grandfhater hand they stepped for the first time the slippery stones of the peer, barefooted. It was at the sound of grandfather harsh voice that they learned to hut the sails, to be aware of the sail outrigger whenver the ship turned direction. It was his passion for the sea that was embedded in their bodies and made them want to be sailors. It was the passionate eye of the old man that showed them the beauty of the sea, whether it was sunny or stormy. As they were babies, many were the nights in wich only grandpa could make them fall asleep, tucked in on the bottom of the ship, rocked by the sea waves.

They end today Naval School, with the best grades from their class. Today they are sailors for real, despite they had been that since birth. From now on they will live life as they wished: swinging in the sea waves.

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