Estas pequenas figuras foram os heróis da minha infância. Os clicks valeram-me horas de brincadeiras partilhadas com os amigos lá da rua. Estiveram vários anos encaixotados. Hoje são um legado para a minha filha.
Estas pequenas figuras foram os heróis da minha infância. Os clicks valeram-me horas de brincadeiras partilhadas com os amigos lá da rua. Estiveram vários anos encaixotados. Hoje são um legado para a minha filha.
O trabalho não tem fim no Centro Hípico. Há sempre estábulos para limpar, cavalos para escovar e aparelhar.
Ao sábado e se for dia de sol então, é uma loucura. Todos querem ir passear nas suas montadas e não há um minuto de sossego.
Os cavalos relincham impacientemente, antecipando um passeio mais longo do que o habitual. Já os cavaleiros exibem vaidosos o traje escolhido para a passeata.
A azáfama é imensa, com gente a ir e a vir, mas todos sorriem descontraídos, certos de que será um dia bem passado.
- Sim Flor Selvagem, já sei que queres uma espécie de pomada para aplicares nas unhas para que elas fiquem de outra cor. E pelo Sol, não percebo mesmo nada para que é que isso serve. É que que tenho muitas outras experiências para fazer e não tenho tido tempo para brincadeiras. O Inverno não tarda aí e eu preciso de secar ervas para o chá, preparar xaropes para a tosse e suplementos alimentares para o caso de as nossas reservas falharem, percebes?
- Sim, grande feiticeiro, mas tenho a certeza que se eu tivesse as unhas de outra cor, o Águia Serena não tiraria os olhos de cima de mim!
- Pois está bem, vocês os jovens só vêem o Amor. Vai à grande clareira e traz-me algumas bagas vermelhas. Vou ver o que posso fazer. Mas se depois ficares muitas luas com as unhas cor de fogo, não digas que a culpa foi minha!
Guardado pelos Cavaleiros do Leão, o tesouro vai finalmente a caminho!
Devoto de S. Tiago, o Rei, após vários anos de colheitas foram demasiado fracas para sustentarem o povo, após 2 Invernos rigorosos que que até a caça afugentaram para longe e depois de quase terem entrado em guerra com o reino vizinho, fez uma promessa ao apóstolo: assim que o reino recuperasse destes anos de má sorte, seria efectuada uma colecta especial, que seria enviada a compostela, numa magnífica peregrinação de quantos quisessem participar.
E como as promessas são para se cumprir, e com o reino recuperado destes anos de miséria, em que a prosperidade começa finalmente a espalhar os seus raios reconfortantes, a colecta realizou-se em dia de torneio, junto ao castelo.
O povo foi generoso e são muitas as moedas de prata e ouro que vão agora a caminho de Compostela, em peregrinação.
Filho de peixe sabe nadar, é o que se costuma dizer e por vezes com razão.
Pelo menos com a Marta é assim. Desde pequenita que o seu fascínio pelo mar se revelou e até agora não esmoreceu.
Terá herdado do pai essa paixão, como é bem de ver.
Não há peixe de que não saiba o nome. E agora que se inicou na vela, os ventos e as correntes começam a desvendar-lhe os seus segredos. Anda também fascinada pelos nós de marinheiro: o nó direito, o lais de guia, o oito e o de porco. Com o pai, faz concursos para ver quem dá os nós mais depressa.
A Operação "Terra, água e ar" inicia-se hoje ás primeiras horas do dia.
Várias unidades foram convocadas para participarem nesta operação especial: viaturas ligeiras, para intervirem em zonas urbanas, veículos todo-o-terreno, para zonas de difícil acesso e polícias a pé, para facilmente se misturarem no terreno.
O comandante espera hoje capturar uma perigosa quadrilha de bandidos, que há vários meses executam vários assaltos e extorsões, provocando estragos diversos em edifícios e viaturas que furtam para utilizar nas suas acções e até lesões sérias em várias vítimas das suas vilanias.
Pelo que foi possível apurar, o produto dos roubos é de imediato transformado em dinheiro que sustenta uma significativa rede de tráfico de estupefacientes.
O êxito da operação depende da coragem destes agentes!
Hummmm, parece que não. Só falta mexer. Já o meu avô dizia que o segredo està na forma como se mexe. Dez minutos para a esquerda e outros tantos para a direita. Deixar levantar fervura e voltar de novo ao princípio. Isto tudo 3 vezes seguidas, sem interrupções. Só assim este remédio ficará pronto para ser utilizado. É particularmente indicado para queimaduras.
Sim, o que não falta aqui são queimaduras. Os pequenos, primeiro que aprendam que não podem brincar muito perto das fogueiras, quase que ficam assados. Os homens... esses, em dia de festa, é vê-los quererem andar descalços sobre brasas. Uns tontos é o que são. Estou farto de dizer que não espíritos que os salvem das queimaduras, mas eles insistem... E as mulheres dizem que isto lhes faz bem à pele. Que fica lisa como a pele de um bébé. Se lhes digo que um dos ingredientes é girinos de rã, desatam aos gritos horrorizadas eh eh eh
E pronto, com esta conversa toda, está pronta mais uma receita!
Estava escuro quando a família Matias saiu do albergue para mais um dia a caminho de Compostela.
Há já vários dias que caminham, pelo que a rotina está perfeitamente estabelecida: os dias começam bem cedo, ainda escuro, depois de uma refeição ligeira que dá a todos as forças necessárias para a primeira parte do dia. A meio da manhã, fazem uma paragem mais prolongada, para recuperar forças e reconfortar o estômago que a esta hora já dá sinal. Com um pouco de sorte, foram petiscando umas bolachas que em algumas localidades os residentes partilham com os peregrinos, deixando algumas num pratinho à porta de casa. Depois de mais algumas horas de caminhada, a chegada ao albergue é prenúncio de um descanso bem merecido. E no dia seguinte, começa tudo outra vez.
Ninguém se perde pelo caminho. As setas amarelas garantem que todos os peregrinos chegam sãos e salvos a Compostela.
Estas setas, são a principal sinalização do Caminho de Santiago e começaram a ser pintadas em 1980 pelo Padre Elías Valiña Sanpedro, Pároco do Cebreiro, a primeira localidade galega do Caminho Francês.
A famílias Matias encontrou mais uma seta, por isso estão no bom caminho!
O bosque está repleto de flores e todas as plantas se esticam para receber a luz do sol. As árvores abrigam nos seus ramos inúmeras aves, que se saracoteiam por ali, ora tomando banho, ora esfregando-se na areia junto ao rio para expulsar um ou outro piolhito. Um rouxinol que assobiava afinadamente esvoaça à passagem dos cavalos.
Nico e Rusty trotam livremente pelo caminho junto ao rio e aqui e ali chapinham pelas margens. Sabem bem os salpicos refrescantes que atingem as cavaleiras.
Não tarda nada, encontrarão uma pequena clareira ideal para deixar as montadas banquetearem-se com erva fresca enquanto dão um pequeno passeio a pé.