Estas pequenas figuras foram os heróis da minha infância. Os clicks valeram-me horas de brincadeiras partilhadas com os amigos lá da rua. Estiveram vários anos encaixotados. Hoje são um legado para a minha filha.
Estas pequenas figuras foram os heróis da minha infância. Os clicks valeram-me horas de brincadeiras partilhadas com os amigos lá da rua. Estiveram vários anos encaixotados. Hoje são um legado para a minha filha.
Aquilo que parecia ser uma patrulha rotineira pela estação do comboio, tranformou-se num reboliço, que acabou numa detenção.
O dia de trabalho estava já no fim, quando os agentes Rosa e Bruno foram chamados à estação de caminho-de-ferro. Aparentemente havia uma discussão entre avó e neto que começava a tomar contornos preocupantes, pois a avó empunhava um guarda-chuva e ameaçava desmanchá-lo na cabeça do neto.
Ao receberem a chamada, Rosa e Bruno entreolharam-se e sorriram. O dia iria acabar com uma qualquer discussão familiar, que aparentava ser de fácil resolução. Ao chegarem ao local, depararam-se com avó e neto gritando improprérios um para o outro, rodeados dos tradicionais observadores que lançavam palpites sobre quem teria razão.
Depois de dispersarem a pequena multidão que se aglomerara, dirigiram-se à avó que só gritava: prendam-no! malfeitor! ladrão!, enquando agarrava, sacudia e tentava espancar o rapaz com o guarda-chuva. No meio de tanto puxão, sacão e encontrão, o gaiatão deixa cair a mala que se abre deixando à vista de todos, vários maços de notas de pequeno e grande valor, deixando claro, que afinal não se tratava do neto da avozinha, mas sim do responsável pelo assalto à estação de correios que decorrera na noite passada!
É verdade que o deserto é adverso, e aqueles que arriscam demais e menosprezam o que por lá se passa, acabam muitas vezes em maus lençóis. Conheço inúmeras histórias de viajantes, aventureiros ou salteadores, que caíram nas armadilhas das criaturas que vivem no deserto e que fazem dele uma espécie de organismo vivo, com uma vontade muito particular.
Uma delas conta que um salteador de tesouros contratou 2 habitantes de um oásis longínquo e que os obrigou a escavar horas a fio sob o intenso sol do deserto. Os coitados estavam tão exaustos quando por fim descobriram o tesouro que encontraram, que nem se aperceberam da avidez mesquinha com que o seu carcereiro os empurrou para o lado e escavou com as próprias mãos o pouco que faltava.
Com o que nenhum deles contava era com a areia movediça que estava ali tão perto e onde o maléfico salteador ficou preso, mal deu os primeiros passos cantando vitória com o tesouro nas mãos. Mesmo que quisessem, os pobres prisioneiros não teriam forças para o retirar dali. por isso ali ficaram a vê-lo ser engolido pelo deserto enquanto gritava com todas as suas forças.
Milhafre-Veloz tem a árdua missão de encontrar água para a tribo. Aestação seca já vai adiantada e as reservas existentes nos locais habituais começa a escassear. Esta tarefa é de extrema importância para a tribo, pois se não for encontrada água em breve, a tribo terá que se deslocar para um novo território com mais recursos, e isso traz sempre conflitos, quer com outras tribos,quer com o homem branco.
Por isso, todos os anos MIlhafre-Veloz, que tem vindo a apurar a sua técnica, sabe que assim que a água começa a escassear, ele tem que partir e encontrar nas proximidades esse recurso tão precioso.
Uma das técnicas utilizadas, é seguir a pista de alguns animais, que mais tarde ou mais cedo também precisam de saciar a sede. É isso que Milhafre-Veloz está a fazer: olhos postos no chão,analisando cada pequeno indício que lhe possa indicar o trilho ulizado por qualquer animal até à água.
Ninguém disse que a vida de salteador era fácil, mas a verdade é que de vez em quando compensa!
Primeiro há que passar horas infindáveis enfiado em bibliotecas e passar a pente fino livros, papiros e outros documentos antíquíssimos, muitos deles cobertos por aterradoras camadas de pó. Depois, há que saber decifrar línguas e dialectos antigos, para traduzi-los com a eficácia necessária. Ah sim claro, é preciso conhecer para lá de bem o território, pois só assim a expedição terá êxito.
No fundo, a pesquisa é intensa, para por vezes a expedição resultar em nada. Mas desta vez não é o caso.
Desta vez, Hamadh e Jade encontraram uma antiga casa senhorial de um mercador de algumas posses, que dominava o comércio entre 2 cidades não muito grandes. Apenas grandes o suficiente para ele acumular alguma fortuna e se rodear de alguns objectos valiosos.
Sem ser uma descoberta estrondosa, permitirá aos salteadores alguns meses de ócio.
Não é todos os dias que os Cavaleiros do Leão trajam a rigor e a ocasião não é para menos: o herdeiro do trono nasceu há 1 mês e hoje terá lugar o seu baptizado. E na sua primeira saída, terá obviamente direito à escolta dos cavaleiros de elite do rei.
Todas as armaduras foram reparadas e polidas até brilharem, os estandartes costurados e lavados, as armas polidas e desapareceram as amaolgadelas dos escudos. Os cavaleiros tomaram um banho quente num dos salões do castelo e vestiram roupas impecavelmente lavadas e perfumadas.
Dentro do castelo, a azáfama é imensa, mas cá fora, a agitação não é menor, pois todos começam a tomar os seus lugares havendo até algumas disputas pelos lugares com melhor visibilidade.
Aprumados, garbosos e orgulhos, os Cavaleiros do Leão ocupam o seu lugar na festa!
Os futuros oficiais da Escola Naval preparam-se rigorosamente para o exame final de cartografia marítima. É o último exame que falta para completarem a sua formação e é o que mais trabalho dá.
Ler uma carta marítima tem muito que se lhe diga, e o uso do compasso marítimo é ainda uma ciência muito pouco exacta para eles, por isso, é fequente os oficiais superiores darem explicações aos nervosos cadetes. Além disso, não é propriamente fácil ter na ponta da língua toda a vasta matéria teórica que compõe a disciplina, pelo que o nervoso miudinho é muito.
Depois de concluída a Escola Naval e de passarem com êxito todos os exames, embarcarão finalmente num navio-escola, durante 3 meses, onde terão oportunidade de colocar em prática todos os conhecimentos apreendidos. Se tudo correr bem e se ventos e marés ajudarem, conquistarão as suas insígnias que lhes serão entregues na última noite a bordo, numa cerimónia carregada de simbolismo e em que todos anseiam participar.