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Estas pequenas figuras foram os heróis da minha infância. Os clicks valeram-me horas de brincadeiras partilhadas com os amigos lá da rua. Estiveram vários anos encaixotados. Hoje são um legado para a minha filha.

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Estas pequenas figuras foram os heróis da minha infância. Os clicks valeram-me horas de brincadeiras partilhadas com os amigos lá da rua. Estiveram vários anos encaixotados. Hoje são um legado para a minha filha.

Bell e Sebastião

Bell e Sebastião fora encontrados na floresta pela Nádia ainda cachorros. Eram um amontoado de lama, pelos e parasitas que os obrigava a saracotearem-se permanentemente. De alguma maneira tinham conseguido alimentar-se razoavelmente, pois tinham uma vivacidade meio tresloucada, tanto que tentaram trepar pelas pernas da Nádia, mal ela se aproximou.

 

Foi impossível não resgatar este par de rafeiros, que adormeceram placidamente no chão do carro, na viagem de regresso. Foi preciso conquistar-lhes a confiança, até deixarem que lhe tocassem e dar-lhes um banho, uma tosquia e a tão necessária desparasitação. Desconfiados, os olhitos dos animais transpareciam temor de cada novo toque, novo cheiro ou local. 

 

No entanto, a paciência da Nádia, muito carinho e a rotina da alimentação, foram conquistando os cachorros, que hoje transbordam saúde e continuam a demonstrar uma vivacidade tresloucada nos passeios mais campestres.

 

 

Tarde no parque

Os dias têm estado tristonhos e muito muito cinzentos, mas hoje o sol teve forças para empurrar para longe as nuvens carregadas e estender no céu um imenso lençol azul. Por isso durante a tarde, o parque encheu-se de miudagem, pronta a libertar a energia acumulada de vários dias de recreio passados na sala de aula.
A Maria tem um talento invejável para se passear por ali em cima de uns patins em linha e os mais pequenos correm atrás dela, incentivando-a a fazer mais uma manobra e mais outra, até ela se cansar. Mais ninguém tem um clube de fãs tão dedicado como ela. Nem mesmo nenhum dos rapazes que ficam por vezes com inveja, não só das manobras que ela é capaz de fazer, mas de toda a atenção que ela recebe.

O regresso

O regresso a casa depois de uma batalha, mesmo que vitoriosa, raramente é relatado. Apesar de elevado, o moral das tropas é abalado pela distância que os separa ainda das suas casas e o cansaço parece aumentar a cada passo, arrastando-os, em vez de os impulsionar. 

 

Os corpos sujos, os estandartes rasgados, as armas amolgadas e muito usadas e o pouco rigor com que os bravos guerreiros marcham agora, torna difícil acreditar que foi este o exército que saiu de casa há escassos meses atrás. Nessa altura marchavam ordenados, garbosos, de armaduras reluzentes e estantartes vistosos.

 

Há no entanto um cavaleiro que não se deixa abater pela distância que ainda o separa de casa: Samuel percorre a coluna de guerreiros para trás e para a frente, gritando e incentivando-os a apressarem o passo. O Outono já se instalou e os primeiros dias de frio já se fazem sentir, e em breve será pouco agradável passar mais noites ao relento. Além disso, a recompensa prometida pelo rei em caso de vitória, permitir-lhe-á acabar de construir a sua pequena casa, trabalho que interrompeu com a chamada para a guerra e finalmente pedir em casamento Camila, a sua namorada de sempre.

 

 

Mimos de avó

O regresso a casa, às sextas-feiras, depois de terminado o dia de escola é sempre animado. Primeiro porque se aproximam dois dias de brincadeira sem interrupções por afazeres escolares; segundo porque é dia de lanche em casa da Vó Quicas, avó do Tiago.

 

Às sextas-feiras, é a Vó Quicas que se encarrega de ir buscar à escola o neto e mais dois amiguinhos e que os mima com um lanche preparado com todo o carinho. A pequenada mal chega a casa, corre num tropel para a mesa, deitando-se a adivinhar a ementa do lanche. O Samuel prefere as panquecas com mel, a Marina os scones barrados com manteiga e o Tiago o bolo de laranja com cobertura de chocolate.

 

Hoje há torradas com compota de morango e os miúdos devoram tudo num instante, lambuzando mãos e roupa. Terminado o lanche, ajudam a levantar a mesa e não se escapam de fazer os trabalhos de casa de imediato, se os houver. A Vó Quicas é inflexível neste ponto e só os deixa ir brincar, depois de estarem feitas todas as tarefas escolares. Depois dos deveres, têm direito a uma fatia do famoso bolo gigante da avó que devoram enquanto decidem a que é que vão brincar! 

 

 

 

Casamento à vista?

Os primeiros dias de Outouno ainda são agradáveis para dar bons passeios. Evita-se o calor excessivo das estações mais quentes e os insectos que já só pensam em armazenar alimentos para o Inverno, deixam em paz quem passeia pelos campos.

 

D. Gabriel reside na Casa Grande, o edifício principal de um pequeno aglomerado de casebres, cuja propriedade pertence à família há várias gerações. Ao nobre bastará administrar com alguma sabedoria as valências da propriedade, para que tenha uma vida confortável. A família dedicou-se á criação de animais e é ela que abastece os salões do castelo do condado.

 

A menina Constança é sua prima em segundo grau, cuja famíllia explora com eficiência os terrenos contíguos à propriedade da Casa Grande.

O casamento dos dois é algo que ambas as famílias aprovam, certos de que os benefícios para ambas as partes serão ainda maiores, com a junção das duas propriedades.

 

Assim, D. Gabriel corteja a menina Constança há vários meses e hoje conseguiram escapar-se à apertada vigilância da mãe e damas de companhia da jovem donzela e passeiam despreocupadamente pelos campos. O vinho que saboreiam durante uma pausa no passeio, foi produzido pela família de Constança e possui as características de um bom vinho: cor viva, aroma intenso e um sabor frutado. Brindam pois, ao seu casamento que se realizará na próxima Primavera.

 

Escola Naval #2

O dia hoje não está animador: o céu está prestes a fazer desabar água suficiente para inundar um deserto e as rajadas de vento estão a aumentar de intensidade. Apesar de estudarem para se tornarem futuros oficiais da escola naval, os cadetes não se livram de executarem vários exercícios práticos, pois o seu oficial superior considera de suprema importância que quem está ao comando de um navio, saiba exactamente quais as dificuldades com que se deparam grumete e cabos na execução das suas tarefas a bordo.

 

Hoje treinam o lançamento de um escaler ao mar e executam algumas manobras essenciais. O ânimo não é muito, pois sabem que não tarda nada ficarão completamente encharcados e com frio e que as condições duras do mar que vão enfrentar dificultarão as tarefas que têm pela frente. Apesar de tudo, o oficial superior não mostra intenção de cancelar os exercícios e incentiva-os a entrar na água, com gritos e urros de guerra. E ei-los que entram na água, precisamente quando começa a chover.

 

Tormenta

Raros foram os momentos em que o comandante Smith assistiu a tamanha tormenta!

A tripulação não tem mãos a medir e entre aqueles que sucumbiram à indisposição de tanto balanço, há poucas mãos, para manter à tona a escuna. Os oficiais mais graduados procuram esconder o terror ao avistarem mais uma terrível onda que ameaça adornar a embarcação e os cadetes, estão de olhos esbugalhados e completamente estarrecidos perante o poder da natureza.

 

A arte de comandar homens que já de si não é para todos, torna-se especialmente desafiante em dias como este. Entre superar o nosso próprio medo, decidir o que fazer e dar as instruções necessárias, é preciso ter algo de muito especial para que tudo resulte e que as vidas de todos sejam salvas.

 

O comandante Smith tem a experiência necessária, mas as condições extremas dificultam-lhe a tarefa. Nos escassos segundos que tem para pensar, suplica a clemência de Neptuno, o poderoso deus dos mares, para que consiga fazer chegar a sua escuna a um porto de abrigo.

 

 

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