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Um dia Noé
Foi pelo seu pé
Salvar os animais
Olarilarilolé
O Senhor está zangado
Um dilúvio vai cair
Mas não vos preocupeis
Porque eu vou acudir
E salvou o crocodilo e o orangontango
Os peixes, a serpente e a águia real
Salvou o lobo, o elefante e ninguém faltou
A arca estava cheia e a todos levou
O ar está impregnado de um aroma fresco. O sol estica os seus raios, tocando suavemente a pele. Sopra uma brisa suave que convida a fechar os olhos e respirar lentamente. Grandes borboletas roçam as suas asas aveludadas pelas flores do jardim. Os últimos dias de Verão são particularmente agradáveis passados assim: a aproveitar cada hora de luz e cada momento de felicidade.
O tempo insiste em correr lentamente, e a tarde parece que dura para sempre. A mascote da família nem acredita no tempo que já passaram em correrias loucas atrás da bola, alternado com momentos de preguiça estirados na relva.
O pai e a mãe ora lêem os respectivos livros, ora contemplam a vida que os rodeia.Sorriem sem dar conta.
A cesta que prepararm antes de sair de casa parece não ter fundo: tem sempre uma maçã para trincar, um rissol para afastar a fome, ou água fresca que ajuda na recuperação das correrias.
Amanhã a rotina será bem diferente, mas por agora, ninguém quer pensar nisso.
Certo dia, Francisco chegou à cidade de Gúbio. Com grande pesar percebeu que a população vivia
apavorada por causa de um lobo grande e feroz que andava rondando por lá, causando grandes estragos
entre os animais e nem mesmo poupava os homens.
Inspirado pelo Senhor, foi sozinho enfrentá-lo. Quando a fera surgiu, ele parou, e estendendo-lhe os braços disse:”Irmão Iobo, vem junto a mim; eu te ordeno da parte de Cristo, que tu não faças mal nem a mim, nem a
ninguém”. lmediatamente o lobo aproximou-se dele.
Francisco disse então ao lobo: “Irmão lobo, tens feito muito estrago por aqui, assaltando as criaturas do Senhor e até os Homens feitos à imagem de Deus. Por isto mereçes a forca, como ladrão e assassino. O povo brada contra ti e te é hostil.Mas eu quero, irmão lobo, que haja paz entre ti e eles”.
O lobo, como se compreendesse aquelas palavras, mostrou, pela inclinação da cabeça e abanando vivamente a cauda, que aceitava a proposta. Então Francisco quis precisar bem o acordo e acrescentou: “Irmão Lobo, já que te apraz fazer e manter esta paz, eu te prometo de cuidar para que, enquanto viveres, te seja dado alimento todos os dias pelos homens desta terra, de modo que já não sofrerás fome.”
Daquele dia em diante, a fera amansada entrava nas casas e recebia comida em abundância.
