Estas pequenas figuras foram os heróis da minha infância. Os clicks valeram-me horas de brincadeiras partilhadas com os amigos lá da rua. Estiveram vários anos encaixotados. Hoje são um legado para a minha filha.
Estas pequenas figuras foram os heróis da minha infância. Os clicks valeram-me horas de brincadeiras partilhadas com os amigos lá da rua. Estiveram vários anos encaixotados. Hoje são um legado para a minha filha.
João Baptista teve desde logo um nascimento especial: os seus pais não tinham já idade para ter filhos, quando Isabel, a mãe de João Batista engravidou. A família tinha sido pois abençoada pelo Senhor. Nessa altura, Maria mãe de Jesus (que era prima de Isabel) também estava grávida. Jesus e João, além de primos, eram praticamente da mesma idade.
Os dois rapazes cresceram e João tornou-se pastor como forma de sustento. Recolhia-se frequentemente, rezando e pregando penitência. Comia frugalmente e vestia-se de forma simples, anunciando a chegada do Messias e o seu projeto de salvação para a humanidade e apelando a uma mudança de atitude, dando testemunho daquilo que anunciava. Foi ele que começou a batizar as pessoas, como forma de purificação.
Um dia, estava João a batizar nas margens do Rio Jordão, quando Jesus se aproximou. Para espanto de todos, Jesus pediu para ser batizado pelo seu primo. Com humildade, João recusou, alegando que ele é que deveria ser batizado por Jesus. No entanto, Jesus manteve-se firme e dando o exemplo, deixou-se ser batizado por João.
João Baptista é considerado o último profeta do Antigo Testamento e o primeiro santo do Novo Testamento e por ter sido tão importante para Jesus, a Igreja celebra o nascimento de ambos: o de Jesus no solstício de Inverno e o de João no solstício de Verão.
Num recanto dissimulado algures na floresta, permanece oculto a olhares indiscretos um dos postos bélicos mais importantes do reino. A floresta é particularmente sensível a ataques inimigos, pois fornece o abrigo necessário a ataques furtivos. Assim, é necessário vigilância constante e o conselheiro do reino em matéria de estratégia de guerra, aconselhou o rei a criar um posto avançado.
O Samuel é o guardião da Torre da Floresta, que encerra no seu interior armas suficientes para rechaçar algum ataque surpresa. Samuel tem por missão, garantir que as armas se encontram nas melhores condições para que possam ser utilizadas a qualquer momento. Todos os aldeãos a partir dos 12 anos têm treino elementar básico, cuja instrução é ministrada por Samuel.
As chaves da Torre da Floresta estão junto das chaves da sacristia da igreja da aldeia. Sim, Samuel é também o padre da aldeia. Iniciado como cavaleiro templário, fez os votos depois de ter participado numa cruzada. A Torre da Floresta permitiu-lhe conciliar os conhecimentos bélicos, com o amor a Deus. É uma vida um tanto estranha, mas estão todos felizes: os aldeãos (que dizem nunca ter tido um padre que os compreendesse tão bem), o Rei (que já evitou males maiores com esta estratégia) e o próprio Samuel (que encontrou assim uma forma de ser feliz).
O brinde é merecido. Garreth e Boors acabam de regressar de uma jornada de luta pelo bem.
A pedido do rei, estiveram a patrulhar a Estrada dos Mercadores, pois os seus utilizadores eram frequentemente assaltados violentamente, por um bando de malfeitores, que se divertiam a aterrorizar as gentes que ganhavam a vida honestamente.
Foram vários os mercadores que se apresentaram perante o Rei, e lhe pediram protecção, pois a Estrada estava a ficar perigosa e era cada vez menos utilizada, com prejuízo de todos. Assim, o Rei Artur encarregou dois dos seus cavaleiros da Távola Redonda, que lhe trouxessem esses malfeitores, para ele próprio os julgar.
Depois de um mês a dormir na beira da estrada, emboscados e a preparar várias investidas, os cavaleiros atingiam os seu objectivo: capturaram quatro dos malfeitores e dois outros acabaram por morrer à espada dos cavaleiros, recusando render-se.
Os calabouços do castelo têm hoje novos inquilinos e Garreth e Boors, poderão finalmente tomar um banho e dormir em casa com as suas famílias, com o sentido de dever cumprido.
O plano foi seguido à risca: Zé Patilhas namorou semanas com a Menina Lu, funcionária do banco. Conquistou-a com palavras segredadas ao ouvido, enquanto comiam sorvete na quermesse da igreja. E a ideia era que ela o deixasse entrar certo dia no banco, já após o fecho. E ela deixou, tal como previsto. Apercebeu-se tarde, do seu erro, já quando Zé Patilhas abalava com o saco do dinheiro que deveria seguir para a cidade grande na diligência da manhã seguinte.
Zé Patilhas contava que a Menina Lu, envergonhada com a situação se remetesse ao silêncio e não o denunciasse. Enganou-se. A Menina Lu, reagiu com a calma daqueles a quem ferem de morte o coração. Seguiu-o astutamente, o suficiente para lhe conhecer o esconderijo e regressou para tudo expor ao xerife.
Dificilmente Zé Patilhas escapará desta. A velha mina, apesar de ser um bom esconderijo, tem apenas uma saída. E é o xerife que a guarda. O Xerife e a Menina Lu, que exibe ao peito um distintivo de ajudante de xerife temporário.
Gawain e Beth conheceram-se no banquete de aniversário do reino. Trocaram olhares fugidios e envergonhados. Depois, à medida que a cerveja foi saciando a sede dos convivas, tanto um como outro procuravam tocar-se timidamente: um roçar de ancas aqui, um toque de braços ali e surgiram assim os primeiros sorrisos.
Depois do jantar, todos dançaram alegremente até tarde e por mais de uma vez, Gawain e Beth puderem trocar alguns passos e dar as mãos por breves instantes.
O banquete terminou quando os primeiros raios de sol beijaram a terra, acordando suavemente todas as criaturas. Separaram-se pois, sem saber se teriam oportunidade de se voltar a ver. Ela dirigiu-se para a cozinha, que havia muito para arrumar. Ele foi para o campo de treino arrumar todo o equipamento usado nos jogos com que presentearam o rei.
Já a manhã estava a terminar, quando Beth, exausta, deixou o castelo. Parou uns instantes, recebendo o calor dos raios de sol que a envolveram, saboreando por fim algum silêncio. Foi então que ouviu os cascos de um corcel. Voltou-se e reconhecendo Gawain, sorriu.