O duelo
O sol está a pique. É meio-dia certo e o xerife prepara-se para disparar o tiro que dará início ao duelo.
Sente-se uma estranha tensão no ar e uma cascavel que por ali cirandava, trata de desaparecer dali para fora rapidamente.
Este é um duelo do coração. João Preto pretende a mão de Sílvia a filha do banqueiro da cidade. As suas intenções são as mais sérias. Por outro lado, são mais que conhecidas as tropelias do Joel Anjo, com muitas das meninas casadoiras da cidade. Ingénua, Sílvia, perdoa-lhe cada escapadela assim que houve as suas serenatas à janela.
O duelo foi marcado numa tarde no salloon, em que Joel Anjo mais uma vez se vangloriava de ter sentido entre as mãos as ancas roliças de Patrícia, filha do talhante. João Preto, num ímpeto de garanhão solto no prado em plena Primavera, bradou para todos quantos quisessem ouvir que aguardaria pelo Joel Anjo, à saída da cidade, para de uma vez, resolverem a questão.
Quem vencerá o duelo?