Acreditas em unicórnios?
Na última das grandes florestas habitam ainda alguns unicórnios. Esses mesmo. Esses, que nos disseram não existirem. Maria sabe que eles existem. A sua avó mostrou-lhos, quando um dia ela chegou da escola de olhos repletos de lágrimas e com o coração entristecido.
- A professora disse que eles não existem, avó! - foram as suas únicas palavras.
A avó pegou-lhe na mão, aqueceu-lhe uma caneca de leite com chocolate e olhando-a fundo nos olhos, repetiu-lhe as histórias que lhe contava desde que ela nascera. Que os unicórnios existiam. Que eram poucos, era verdade. Mas que eram verdadeiros. Que viviam na última das grandes florestas e que eram animais muito especiais, que cuidavam da Terra e que eram mágicos, pois lutavam para que no coração de cada criança que nascia, o Bem prevalecesse sempre.
Passados uns dias, a avó acordou a Maria bem cedo e levou-a a conhecer os unicórnios. Embrenharam-se bem fundo no coração da floresta. Ali podia sentir-se o coração da Terra a pulsar de vida. Os unicórnios aproximaram-se suavemente e com cuidado tocaram na testa da Maria com o seu chifre. Ela sentiu um arrepio no corpo e só conseguiu sorrir de felicidade.
Hoje, é Maria que zela pela floresta e pelos unicórnios, tal como a sua avó fazia. Teve até o privilégio de ver nascer um pequeno unicórnio, que é coisa rara de acontecer. Só pode estar a fazer um bom trabalho.